
Na sua maior parte esses prêmios são oferecidos aquele aluno ou aluna que jamais tirou notas baixas, nunca teve qualquer dificuldade para aprender e atingiu um indice acima dos demais. As vezes a diferença entre os valores do primeiro para o segundo colocado são tão insignificantes que ficaria difícil distinguí-los, culpa provavelmente daquela gripe ou daquele momento de distração, provocado pelo rompimento de uma relação afetiva.
Ao assistir a este rito universitário de grande significado para os formandos, fui assombrado novamente com a entrega do mérito universitário e fiquei pensando se por conta desta disputa, esses alunos precisariam dos professores para promover seu aprendizado. Sou levado a pensar que neste mar de informações, patrocinado em grande escala pela Internet e seus cursos online, a própria Universidade seria dispensável. Se admitirmos a hipótese provável da Universidade ser dispensável, porque a concessão do prêmio, aos que independem dela?
Por outro lado, nesta mesma Universidade hipotética, uma grande maioria inicia o curso de graduação ou pós-graduação, tira notas baixas nas etapas iniciais e gradativamente melhora seu desempenho, principalmente nas etapas finais ou profissionalizantes dos cursos,incluídos aí os estágios, os internatos, e a iniciação científica. Para esses alunos, a Universidade teve um papel fundamental contribuindo para sua formação e desta forma, premiando aquele que melhor se beneficiou de sua estrutura física e humana, seria engrandecer seu sucesso.
No gráfico acima temos uma interessante comparação entre as alunas Maria e Julia (nomes fictícios). Grande parte dos professores tem predileção pelo perfil da Maria, mas o perfil de Julia depende mais da excelência dos professores de uma Universidade. Vamos discutir os prêmios Universitários?